Hoje se fala muito em cidades inteligentes, mas com foco em tecnologia e pouco, muito pouco, na transformação dos processos internos e na capacitação dos servidores. Não existe mágica.
"Não existe cidade inteligente se o governo não for inteligente."
Por este motivo, o ITD aponta cinco ações necessárias para as prefeituras se transformarem em Cidades Inteligentes de verdade:
GESTÃO ESTRUTURADA DE DADOS
“Não existe Cidade Inteligente, sem Governo Inteligente”. Essa afirmação aponta para a necessidade das administrações públicas entenderem que o futuro depende da correta utilização dos dados que existem a centenas de anos, mas que, graças a internet, são rastreáveis e geolocalizados, permitindo que sejam utilizados de forma inteligente para a melhoria na gestão pública.
Infelizmente, 99% das prefeituras no Brasil ainda não possuem um projeto de gestão estruturada dos dados não só internos mas principalmente externos, apesar de ter todas as informações dos cidadãos, pois é necessário efetuar cobranças do IPTU, por exemplo. Mas Gestão Estruturada de Dados não é só utilizar para questões financeiras, mas sim, explorar de forma eficiente e na velocidade que o mercado exige.
Baseado no Estudo de Maturidade Digital das Prefeituras, desenvolvido pelo ITD, eu afirmo que a primeira providência que o prefeito deve implementar na sua prefeitura, imediatamente é um projeto para estruturar os dados públicos, para que toda e qualquer ação, projeto ou serviço, possa utilizar de forma eficiente esses dados.
ENGAJAMENTO MULTICANAL
O cidadão vive na Era Conectada, 24horas por dia, em todas as plataformas. Entender essa característica é fundamental para que as prefeituras possam atender as expectativas da sua comunidade, disponibilizando atendimento digital de forma eficiente e na velocidade que o cidadão deseja. Os estudos que o ITD realiza mostra que tanto empresas como órgãos públicos não são engajadas nas plataformas que as pessoas utilizam, apesar de lá estarem presentes.
Mais de 50% dos contatos nunca são respondidos e apenas 2% são atendidos em até 4 horas. E uma solicitação não atendida, gera desconfiança e preocupação na sociedade. Daí pra gerar uma crise de relacionamento e uma série de reclamações, é questão de segundos.
PRESENÇA DIGITAL
Entender todo o Ecossistema Digital e ter presença ativa nos canais mais utilizados pelos cidadãos é o caminho a ser percorrido para que as prefeituras transformem-se em Cidades Inteligentes.
O modelo adotado no Brasil tem privilegiado somente instalação de equipamentos de segurança, importantíssimo para dar tranquilidade aos cidadãos, mas não as transformam em Cidades Inteligentes só por isso.
É necessário muito mais. A partir de uma presença digital mais eficiente, a administração pública consegue identificar pontos de atrito e problemas na sua comunidade e com um engajamento multicanal atender as expectativas e solucionar todos os problemas em tempo hábil, para não se transformarem em crise.
No estudo inédito sobre o Índice de Maturidade Digital das prefeituras, desenvolvido pelo ITD, 95% dos sites das prefeituras não possuem certificado digital, o que demonstra a falta de entendimento do que é importante no ambiente digital.
A medida que o cidadão procura os órgãos públicos, ele corre risco dos seus dados serem “roubados”, ao preencherem qualquer formulários nestes sites sem segurança. Em 2020, a LGPQ – Lei Geral de Proteção de Dados, entra em vigor, e não se admite que um órgão público não cumpra a lei.
FERRAMENTAS DE INTELIGÊNCIA
No estudo, foi analisado o quanto de ferramentas de inteligência digital, as prefeituras utilizam e o índice é assustador. Temos um índice de apenas 4,5% de Inteligência Digital nos sites das prefeituras gaúchas, o que demonstra o total despreparo das administrações públicas nesse quesito. Hoje é imprescindível os órgãos públicos entenderem o que acontece no ambiente digital, não só monitorando o que falam da administração pública, mas rastrear a navegação dos cidadãos com inteligência.
Dessa forma, os responsáveis pela administração conseguem antecipar demandas e atender as solicitações com eficiência, conseguindo atender níveis elevados de governança, transparência e economicidade.
EQUIPES CAPACITADAS
Outra necessidade apontada pelo ITD é a capacitação da força de trabalho, os servidores, em ferramentas digitais. Cada vez mais o conhecimento em ferramentas de inteligência digitais irá proporcionar as administrações públicas uma melhor utilização dos canais de comunicação com a comunidade, diminuindo custos operacionais.
Autor: Paulo Kendzerski
Presidente do Instituto da Transformação Digital
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